quinta-feira, 15 de novembro de 2012

HOMENAGEM AO HIP HOP [KAMUFLAGEM XTÚDIO ONLINE]


12 de Novembro

A data remete ao ano de 1974, quando, no Bronx (Nova York) Afrika Bambaataa criou a expressão "hip-hop" (que, em tradução literal, significa algo como "agitar os quadris"). Mas esta junção de palavras ganhou um significado mais amplo, abarcando quatro manifestações culturais (os "quatro elementos"): o DJing (arte da discotecagem), o MCing (arte de rimar), que, juntos, formam o rap; o breaking (dança de rua); e o graffiti, invadindo o universo das artes plásticas. Em sua essência, a chamada "cultura de rua" tinha como objetivo oferecer formas alternativas de expressão, diversão e conscientização coletiva, com o propósito único de buscar a PAZ para a população dos guetos. Anos mais tarde, surgiu também a teoria sobre a existência do "quinto elemento" da cultura de rua, o conhecimento - na realidade, algo inerente aos outros quatro elementos.



Nos 36 anos que se passaram desde sua criação, o hip-hop tornou-se um fenômeno presente em praticamente todos os países do mundo, foi transformado em produto cultural (sobretudo, no caso do rap), se diversificou e gerou muitas polêmicas e alguns conflitos internos. Mas, pontos negativos à parte, é inegável a constatação de que ele salvou vidas - e continua salvando.




"Nesse dia, 12 de novembro, mas lá no ano de 1974, Afrika Bambaataa criou oficialmente o hip-hop no Bronx, em Nova York (EUA). Ele fez isso porque as brigas entre gangues eram preocupantes e ele acreditou na cultura para acabar com essa violência que fazia os moradores das periferias se matarem. Para mim, então, essa data significa uma festa para celebrar a vida, reunir todas as etnias, numa troca de respeito, conhecimento e cultura. Essa merece ser uma data celebrada mundialmente, porque o alcance do hip-hop é universal. O Afrika Bambaataa está concorrendo ao Prêmio Nobel da Paz, o que mostra a importância do hip-hop. Nada mais justo que celebrarmos isso. O mais importante é lembrar que temos que evoluir na transformação, mas sem perder as raízes. Por exemplo, muita gente cultua a imagem de Che Guevara mas não conhece sua história e o significado da sua luta. Não podemos fazer do hip-hop esse modismo. Temos que respeitar sua essência, prezando pela juventude, pelas crianças, mas respeitando seus valores e sua história, senão ele vira um movimento como outro qualquer."
(Zulu King Nino Brown, 48 anos, ativista cultural e criador da Universal Zulu Nation - Brasil. Frequentava os bailes black da década de 1970 e conheceu o hip-hop por volta de 1990)


“Esta data representa felicidade e também um marco de uma geração carente de educação, informação e cultura. O hip-hop foi, é, e sempre será a válvula de escape para todos aqueles que sofrem as mazelas do sistema. Sempre será o nosso abrigo e, ao mesmo tempo, nossa melhor arma para que possamos conquistar uma vida e um futuro melhor. E é exatamente por isso que devemos preservá-lo da menor maneira. Quanto ao que podemos esperar do futuro do hip-hop, acredito que muitas mudanças. Na verdade, já estamos vivendo estas mudanças e que fique bem claro: toda transição tem a sua cara de sofrimento e de alegria. O importante é estarmos lúcidos, se é que vocês me entendem. Meus parabéns a todos e todas que fazem parte desta nossa cultura e que, direta ou indiretamente, contribuem para o crescimento positivo da mesma. Paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade. Parabéns ao hip-hop por mais um ano de vida e muito obrigado por ter salvo a minha vida e as vidas de tantas outras pessoas. Muito respeito! A guerrilha continua... Um abraço!”
(Dexter, 37 anos, MC. Conheceu o hip-hop em 1990)


 Em homenagem ao movimento Hip Hop deixo aqui 2 faixas boas de se ouvirem para download. Viva o HIP HOP! HIP HOP para sempre!!!







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